Se você adora museus e está sempre antenado nas tendências da moda sustentável, veja por que esse lugar não pode faltar na sua próxima viagem internacional
A busca por produtos sustentáveis está crescendo ao longo dos últimos anos. As mudanças climáticas, cujos efeitos já estão sendo sentidos há alguns anos, demandam respostas urgentes e estruturais para mitigar seus impactos e impedir catástrofes ainda maiores.
Nesse contexto, é essencial desenvolver outro olhar para o consumo e entendê-lo como um mecanismo importante para compreender a relação que a maioria dos humanos estabelece com a natureza. O mundo da moda atualmente busca se rever, assim como busca desenvolver processos mais eficientes e equilibrados do ponto de vista ambiental.
Por isso, o consumo considerado sustentável tem ganhado cada vez mais espaço, já que propõe outras formas de consumir e produzir, visando reduzir os prejuízos causados à natureza. Se você deseja trazer mais sustentabilidade para o seu cotidiano, veja por que iniciativas como o Fashion For Good são fundamentais.


O que é
Fashion For Good é o nome de um museu inovador localizado em Amsterdã, que busca a sustentabilidade no mundo da moda. Inaugurado em 2018 na capital holandesa, esse é o primeiro museu no mundo do tipo interativo, cujo tema é a inovação sustentável na moda.
Administrado pela rede global de sustentabilidade Fashion For Good, esse museu busca conscientizar os visitantes sobre o uso de produtos ecologicamente corretos. O museu oferece uma jornada personalizada, o que permite aos visitantes escolher como quer conhecer a história de cada peça de roupa.
Funcionamento do museu
O Fashion For Good é estruturado por cinco pilares. O primeiro deles é a economia: é preciso que ela seja circular, crescente, compartilhada e traga benefícios ao maior número de pessoas. Outro pilar são os materiais, que devem ser saudáveis, seguros e capazes de serem reutilizados para a reciclagem.
Outros pilares importantes considerados por esse museu são a energia (que deve ser renovável, limpa e disponível para todos) e as condições de vida (que devem ser dignas, justas e seguras).
Um dos destaques do Museu Fashion for Good é que ele apresenta mais de 50 tecnologias disruptivas com as quais os visitantes podem interagir, tais como amostras, vídeos gráficos, peças de roupas tangíveis, entrevistas com os idealizadores, entre outros exemplos.
Localizado no centro de Amsterdã, o museu é aberto para visitação sete dias por semana e, ao entrar, cada visitante recebe uma pulseira de RFID que reúne as informações que mais interessar em um tipo de guia digital personalizado. A entrada é gratuita e o intuito do museu é estimular novos hábitos de consumo entre os visitantes, propor questões referentes ao quê, como e de quem eles compram. O museu apresenta como as roupas são produzidas e, a cada três meses, a sua curadoria renova as coleções.
Mercado da moda
A moda é um mercado cuja produção praticamente dobrou no mundo, segundo o estudo “A new textiles economy: redesigning fashion’s future”, elaborado no Reino Unido. Do total de peças produzidas, em torno de 60% são descartadas.
Essa superprodução é criticada por consumir muita água e materiais, além de, muitas vezes, os produtos serem descartados de forma inadequada. A falta de um sistema de reciclagem faz com que esses materiais sejam muitas vezes incinerados, o que polui o ar atmosférico e emite ainda mais gases do efeito estufa.
Somente a indústria da moda emite 8% do gás carbônico na atmosfera, ficando atrás apenas do setor petrolífero. Um material que tem destaque nessa poluição é o poliéster, uma das fibras mais utilizadas nesse mercado hoje. De acordo com a Forbes, peças fast fashion são utilizadas menos de cinco vezes e geram emissões de carbono 400% maiores do que as roupas de marcas slow fashion.
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